quarta-feira, 2 de maio de 2012

Medidas Higênicos Dietéticas

O QUE POSSO FAZER PELA MINHA SAÚDE MENTAL?

Autores:
Carla Regina Silva Araújo - Acadêmica do 4º ano de Medicina - UnB
Dr. Thales Weber Garcia, MD, MSc
Professor Coordenador da Disciplina de Psiquiatria
Profa. Dra. Maria das Graças de Oliveira, MD, MSc, Ph.D
Dra. Simone Lespinasse Araújo, MD


Sim, eu posso!

Viver com qualidade de vida é o sonho de todas as pessoas. O problema é que muitos se concentram apenas nos fatores geradores de estresse - desemprego, violência, crise social, trânsito congestionado e etc - e acabam se esquecendo dos recursos internos necessários para lidar com as atribulações. Hábitos ruins de vida podem ser desencadeantes ou agravantes de doenças psíquicas. O ideal é prevenir com mudanças comportamentais que promovam a saúde mental. Esta é mais do que ausência de doença.
É um estado de bem-estar no qual o indivíduo percebe suas próprias habilidades para lidar com as adversidades normais da vida. Existem medidas simples e úteis para essa finalidade, que incluem o combate ao estresse, mudanças de atitudes e hábitos, além de assumir uma postura mais otimista perante as adversidades.

Exercícios físicos

A prática de exercícios físicos é uma boa forma de prevenir e combater a depressão e outros distúrbios psíquicos. O exercício físico constante e moderado tem efeitos benéficos na saúde geral, além de reduzir a ansiedade, melhorar a cognição, a auto-estima e diminuir o estresse.
A atividade física libera no cérebro substâncias chamadas endorfinas que proporcionam uma sensação de bem-estar físico e mental. O exercício físico é também eficaz por ajudar a pessoa a se afastar temporariamente dos problemas e da tensão.
Deve-se começar lentamente. Um programa de exercício muito rígido pode deixar a pessoa ainda mais estressada.

Lazer, relaxamenteo e meditação


O lazer, o relaxamento e a meditação promovem bem-estar mental, além de diminuírem o impacto emocional do estresse e a ansiedade dele decorrente.
As técnicas meditativas podem ter como meio de concentração o ritmo respiratório, sons, objetos, movimentos, visualização de imagens. Qualquer que seja a técnica utilizada, busca-se atingir o estado meditativo.
Durante este processo, as ondas cerebrais responsáveis pelo relaxamento aumentam, enquanto as ondas relacionadas ao estado de vigília ou atividade normal aparecem em menor quantidade. Dessa forma, o organismo todo desacelera: diminuem a frequência cardíaca, a pressão arterial e o ritmo respiratório. Além destes efeitos físicos, o lado emocional também é afetado de forma benéfica. Entre as sensações descritas por meditadores estão o relaxamento mental, a paz interior, a felicidade, a satisfação, a harmonia e a menor tendência de perder o controle diante de situações adversas.

Espiritualidade

A grande maioria das pesquisas em populações saudáveis sugere que as crenças e práticas religiosas estão associadas a níveis maiores de bem-estar, melhor saúde mental e um enfrentamento mais eficaz de situações adversas. Entre paciente psiquiátricos, esses achados assumem ainda maior importância, já que estes lidam com um enorme estresse ambiental e psicossocial em razão de seus transtornos, necessitando de estratégias eficazes de enfrentamento. As práticas espirituais, especialmente quando vivenciadas em grupo, podem ser favoráveis a uma evolução mais benigna da doença mental, vez que propiciam experiências de acolhimento e apoio social.

Higiene do Sono

Existem comprovadamente uma relação estreita entre distúrbios do sono e os mais diversos quadros psiquiátricos. Esta relação deve ser levada em conta, pois ensinamentos básicos sobre higiene do sono podem reduzir a quantidade de medicação administrada, melhorando a sintomatologia e a qualidade de vida dos pacientes. Algumas medidas gerais que ajudam a resolver os problemas do sono são:

  • Praticar regularmente exercício físico durante o dia;
  • Criar alguma rotina nos hábitos de sono, adotando um horário regular para ir dormir e para acordar no dia seguinte (incluindo fins de semana);
  • Evitar a ingestão de substâncias excitantes com álcool, cafeína (presente no café, chá, alguns medicamentos, refrigerantes, chocolate, etc) e nicotina ao longo do dia e, particularmente, nas últimas horas antes de ir para a cama;
  • Evitar refeições pesadas e ricas em gordura no período da noite, pois são mais difíceis de digerir e perturbam o sono;
  • Criar um ambiente calmo e propício ao repouso no quarto de dormir, com pouca luz, sem ruído e com uma temperatura amena;
  • Procurar ir para a cama apenas quando sentir sono; se demorar mais de vinte minutos a adormecer, deve-se levantar e realizar qualquer tarefa relaxante até sentir sono e voltar para a cama. Mesmo que adormeça tarde procure levantar-se à mesma hora, no dia seguinte, para não alterar os seus hábitos de sono.



Transtorno Bipolar

COMO TRATAR O TRANSTORNO BIPOLAR DO HUMOR?

Autores: 
Deborah Duarte Azevedo - Acadêmica do 4º ano de Medicina - UnB
Dr. Thales Weber Garcia, MD, MSc
Professor Coordenador da Disciplina de Psiquiatria
Profa. Dra. Maria das Graças de Oliveira, MD, MSc, Ph.D
Dra. Simone Lespinasse Araújo, MD



O que é?

O Transtorno Bipolar é classificado como um transtorno do humor. Os estados anormais do humor podem levar a prejuízos em toda a saúde do indivíduo acometido, prejudicando principalmente suas emoções, sentimentos, afeto e comportamento. Como conseqüência, costuma haver comprometimento da qualidade de vida e da sociabilidade.

Quem atinge?

O Transtorno Bipolar acomete aproximadamente 1% dos indivíduos da população geral, ocorrendo tanto em homens quanto em mulheres. A idade de início do primeiro episódio da doença pode variar desde a infância (5 a 6 anos de idade) até os 50 anos, ou mais.

Como se manifesta?

O Transtorno Bipolar é caracterizado pela ocorrência de episódios maníacos (estados de exaltação do humor) e depressivos, ou somente episódios maníacos.
A mania é um estado de humor elevado, expansivo ou irritável caracterizado por algumas das seguintes manifestações: excitação, pensamento acelerado, fala excessiva, inquietação, hiperatividade, diminuição da atenção, euforia, auto-estima e auto-confiança infladas, redução do sono, irritabilidade, humor instável, idéias grandiosas,  impulsividade, agressividade, hostilidade, gastos excessivos, comportamentos sociais ou sexuais inadequados (desinibição ou falta de pudor), delírios de grandeza, podendo haver alucinações em casos mais graves.
A depressão é um estado de humor, onde a perda de interesses ou de prazer são as manifestações essenciais. O indivíduo acometido pode apresentar as seguintes alterações: tristeza sem motivo ou desproporcional às circunstâncias, sentimento de desesperança, dor emocional, angústia, baixa auto-estima, sentimentos de desvalia e inutilidade, isolamento social, choro fácil e freqüente, irritabilidade, falta de interesses, incapacidade de sentir prazer, sentimento de culpa excessiva ou inadequada, falta de vontade ou motivação para iniciar atividades, pensamentos relacionados à morte, diminuição da energia, diminuição da atividade, fadiga, dificuldade de concentração, prejuízo de memória, pensamento lento, dificuldade de raciocínio, insônia ou hipersonia (período prolongado de sono ou sonolência diurna excessiva), despertar matinal muito precoce, diminuição ou aumento do apetite, ganho ou perda de peso, ansiedade e redução do interesse sexual.
Como se comporta?

O Transtorno Bipolar inicia-se mais freqüentemente com um episódio depressivo, que pode durar de duas semanas a mais de um ano, se não tratado. No entanto, existem pacientes que não apresentam episódios depressivos durante todo o curso da doença, havendo somente a fase maníaca do transtorno. O episódio maníaco dura, em média, de uma semana a três meses. Os episódios costumam ser sucedidos por intervalos onde há remissão completa ou parcial do quadro; no entanto, há casos em que esse intervalo não existe, havendo passagem seqüencial de um estado depressivo para maníaco, ou vice-versa. Episódios mistos também podem ocorrer; nesses casos o paciente apresenta simultaneamente manifestações de mania e depressão.
Alguns pacientes apresentam somente um episódio durante toda a vida, outros têm episódios recorrentes, e há ainda os que se encontram cronicamente doentes, sempre manifestando um estado de exaltação do humor ou humor depressivo, mesmo que discretos.
Qual a causa?

Acredita-se atualmente que os transtornos do humor resultem de um mau funcionamento de substâncias presentes no Sistema Nervoso Central, os neurotransmissores. Algumas pessoas têm fatores genéticos (familiares) que as tornam predispostas ao desenvolvimento desse mau funcionamento. Nessas pessoas, alguns acontecimentos durante a vida e a ocorrência de interações entre o organismo do indivíduo e o ambiente podem desencadear o início da doença.
Quando procurar ajuda?

O tratamento precoce do Transtorno Bipolar é fundamental, pois a rápida estabilização do paciente é capaz de modificar beneficamente o curso da doença. Pacientes que não têm os episódios adequadamente controlados têm mais chances de evoluir com maior número de crises e menor intervalo entre elas. A intervenção terapêutica precoce é capaz de desacelerar ou mesmo impedir a progressão da doença, oferecendo ao indivíduo melhor qualidade de vida a curto e longo prazo, e diminuindo a chance de possíveis incapacidades decorrentes da doença grave.
Qual o tratamento?   

O tratamento adequado tem alguns objetivos: tratar os sintomas atuais, diminuindo o sofrimento pessoal e reduzindo os danos que as crises de humor acarretam e prevenir futuros episódios, contribuindo para o bem-estar e qualidade de vida do paciente.
O tratamento do Transtorno Bipolar tem como base o uso de medicamentos, mas deve ser abrangente e incluir, se possível, as seguintes medidas: psicoterapia, incluindo a familiar, se necessário; psico-educação; atividade física, particularmente exercícios aeróbicos e Yoga; adoção de horários regulares para dormir, despertar, tomar as refeições e dar início e fim às atividades e medidas dietéticas como abster-se de cafeína e álcool. Em alguns casos, a hospitalização pode ser necessária, sobretudo quando o paciente oferece riscos a si mesmo ou a terceiros, ou quando não dispõe de apoio familiar ou social.
Qual o medicamento utilizado para o tratamento?

Os medicamentos mais comumente utilizados no tratamento do Transtorno Bipolar são os estabilizadores de humor (lítio, divalproato, ácido valpróico, carbamazepina, oxcarbazepina, lamotrigina, gabapentina e topiramato), anti-psicóticos atípicos (principalmente olanzapina e quetiapina) e anti-depressivos (em situações nas quais os estabilizadores de humor e os anti-psicóticos atípicos não foram suficientemente efetivos para tratar a depressão bipolar) . Outros medicamentos também podem ser usados em casos de crises agudas e graves, ou quando há intolerância às substâncias mencionadas anteriormente. Pode ser necessária a utilização de associações medicamentosas (dois ou mais medicamentos usados simultaneamente).

Existem efeitos colaterais?

Todos os medicamentos utilizados na terapêutica de qualquer doença podem apresentar efeitos colaterais ou adversos. Os remédios utilizados no tratamento do Transtorno Bipolar podem também provocar o aparecimento de reações desagradáveis ou indesejadas. Seu médico lhe informará sobre essas possíveis reações; é importante estar atento ao surgimento dessas manifestações e informar o médico assim que possível, caso elas ocorram.
Durante o uso de alguns desses medicamentos, pode ser necessário o acompanhamento periódico por meio de exames laboratoriais.

O que mais devo saber?

Antes de iniciar o tratamento, não esqueça de informar o seu médico sobre: uso de outros medicamentos, gravidez, desejo de engravidar, amamentação, outras doenças presentes (problemas relacionados a rins, fígado, coração, tireóide, pele, diabetes, pressão alta, desmaios, convulsões, alergias, infecções, cirurgias, e/ou outros).
O consumo de bebidas alcoólicas pode ser perigoso quando o paciente está em tratamento com algumas dessas substâncias. Informe seu médico caso você tenha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.
Lembre-se: o otimismo e a confiança também fazem parte do tratamento.
Não desanime: a resposta aos medicamentos demora algumas semanas para aparecer, portanto, tenha paciência.
Não desista: o tratamento adequado para cada pessoa pode não ser alcançado numa primeira tentativa, mas diversos outros tratamentos estão disponíveis e podem ser tentados.
Em caso de dúvidas, consulte seu médico. Ele é a melhor pessoa para lhe informar sobre o seu problema.

Depressão


O QUE É DEPRESSÃO ?
Autores:
Ederval Leite Pereira Filho - Acadêmico do 4º ano de Medicina
Dr. Thales Weber Garcia, MD, MSc
Profa. Dra. Maria das Graças de Oliveira, MD, MSc, Ph.D
Dra. Simone Lespinasse Araújo, MD

O que é depressão?

Todos se sentem ocasionalmente tristes, mas este sentimento é geralmente breve e passa dentro de alguns dias. Quando uma pessoa tem uma desordem depressiva, esta interfere na vida cotidiana, no funcionamento normal, trazendo dor ao paciente e naqueles que se importam com ele ou ela. A depressão é uma doença comum, mas séria, e a maioria daqueles que a vivenciam necessita de tratamento para melhorar.
Muitas pessoas com doença depressiva nunca buscaram tratamento. Mas a maior parte dos pacientes, mesmo aqueles com depressão mais grave, podem melhorar com tratamento. A pesquisa intensiva sobre a doença conduziu ao desenvolvimento de medicamentos, psicoterapia, e outros métodos para tratar pessoas com este transtorno.

O que causa depressão?

Não há uma causa única conhecida de depressão. Ela resulta provavelmente de uma combinação de fatores genéticos, bioquímicos, ambientais, e psicológicos.
Pesquisas indicam que as doenças depressivas são desordens do cérebro. Métodos de imagem, tais como a ressonância magnética, mostraram que os cérebros de pessoas que têm depressão mostram-se diferentes daqueles sem depressão. As partes do cérebro responsáveis pela regulação do humor, do pensamento, do sono, do apetite e do comportamento parecem funcionar anormalmente. Além disso, importantes neurotransmissores, produtos químicos que os neurônios usam para se comunicar, parecem estar fora de equilíbrio. Mas estas imagens não revelam porque a depressão ocorre.
Alguns tipos de depressão tendem a ocorrer nas famílias, sugerindo uma ligação genética. Entretanto, a depressão pode ocorrer em pessoas sem antecedentes familiares. O traumatismo, a perda de alguém amado, um relacionamento difícil, ou qualquer situação estressante podem favorecer o aparecimento de um episódio depressivo.



Quais são os sintomas da depressão?

Nem todas as pessoas com depressão apresentam os mesmos sintomas. A gravidade, freqüência e duração dos sintomas dependem do indivíduo e da particularidade da sua doença.
Os sintomas mais freqüentes são:
- Tristeza persistente, ansiedade e sentimento de vazio;
- Sentimentos de desesperança e ou pessimismo;
- Sentimentos de culpa, desamparo, inutilidade;
-Irritabilidade, desassossego;
- Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
- Diminuição do apetite sexual;
- Dificuldade de concentração, atenção e memória;
- Dificuldade em tomar decisões;
- Fadiga e diminuição da energia;
- Insônia ou sono excessivo;
- Perda ou aumento de apetite
- Idéias suicidas, podendo levar a tentativas concretas;
- Dores pelo corpo ou dor de cabeça sem aparente explicação;
- Problemas digestivos que não melhoram com o tratamento. 

Como a depressão é descoberta e tratada?

A depressão, mesmo os casos os mais severos, é uma desordem tratável. Como muitas doenças, quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz e maior será a probabilidade de evitar uma recaída ou outro episódio.
A primeira etapa para o início de um tratamento apropriado é visitar um médico. Determinados medicamentos, e alguns problemas médicos tais como vírus ou um distúrbio da tiróide, podem causar os mesmos sintomas que a depressão. Um médico poderá descartar estas possibilidades conduzindo um exame físico, uma entrevista e alguns testes de laboratório. Caso o médico venha a suspeitar de um transtorno do humor depressivo, ele deverá dirigir uma avaliação psicológica ou encaminhar o paciente a um profissional de saúde mental.
O médico ou o profissional de saúde mental conduzirão uma avaliação diagnóstica completa. Ele deverá discutir todos os antecedentes familiares da depressão e fazer uma história completa dos sintomas presentes e passados.
Uma vez diagnosticada, a depressão pode ser tratada com alguns métodos. Os tratamentos mais comuns são medicamentos e psicoterapia.


Como eu posso ajudar um amigo ou parente que é deprimido?

Se você conhece alguém que é deprimido, isto afeta você também. A primeira e mais importante coisa que você pode fazer para ajudar seu amigo ou parente com depressão é ajudá-lo a ter um diagnóstico e tratamento apropriados. Você pode precisar marcar uma consulta em nome do seu amigo ou parente e ir com ele ao médico. Incentive-o a permanecer no tratamento, ou buscar tratamento diferente se nenhuma melhora ocorre após seis a oito semanas.
Ajudando um amigo ou parente com depressão:
- Oferecer suporte emocional, compreensão, paciência e incentivo;
- Envolva seu amigo ou parente numa conversa e o escute com atenção;
- Nunca desacredite dos sentimentos que seu amigo ou parente expressa, mas chame a atenção para a realidade e ofereça esperança;
- Nunca ignore comentários sobre o suicídio e relate-os ao profissional responsável;
- Convide seu amigo ou parente para caminhadas, excursões e outras atividades; continue tentando se ele recusar, mas não o pressione.







Antidepressivos

ANTIDEPRESSIVOS

Autores: Elean Lamar Raimundo – acadêmica de Medicina da UnB do 8° semestre
             Profa. Dra. Maria das Graças de Oliveira, MD, MSc, Ph.D
Dra. Simone Lespinasse Araújo, MD

Introdução:

A depressão representa um distúrbio afetivo muito doloroso resultante de queda importante da auto-estima, manifestando-se por episódios ou estados de humor deprimido que podem durar semanas, meses ou anos consecutivos. Trata-se de um problema de saúde mental que pode ser incapacitante e recorrente, necessitando, muitas das vezes, de um tratamento medicamentoso. Os remédios disponíveis no mercado agem, no cérebro, aumentando algumas substâncias, denominadas neurotransmissores, que melhoram o humor. Dentre estes neurotransmissores temos a Serotonina, Dopamina e a Noradrenalina.

Os medicamentos utilizados são classificados nos seguintes grupos:

1- Tricílicos

-Representantes: Amitriptilina, Nortriptilina, Imipramina e Clomipramina

-São os primeiros antidepressivos a surgirem

-Agem na Serotonina e Noradrenalina, e em menor grau na Dopamina.

-Indicação: Depressão maior, distúrbio bipolar, dor neuropática, enurese em crianças, dor crônica (Fibromialgia), distúrbio do déficit de atenção e hiperatividade, síndrome narcolepsia/catalexia, bulimia nervosa, sintomas de abstinência a cocaína. Soluços, riso ou choro patológico.  Cefaléia do tipo tensional. Síndrome do cólon irritável.

-Maioria dos pacientes com depressão responde bem a estes medicamentos.

-São os mais baratos.

-Efeitos benéficos visíveis após 14 a 30 dias após início do tratamento.

-Contra-indicações: Infarto agudo do coração, uso de IMAO, glaucoma e alergia a um dos tricíclicos não se teve utilizar outro.

-Principais efeitos colaterais: sedação, sonolência, sudorese, boca seca, constipação, insônia, aumento de mamas, ganho de peso e visão borrada.

2- Inibidores da Recaptação da Serotonina

-Representantes: Fluoxetina, Citalopam, Escitalopram, Paroxetina, Milnaciprano, Fluvoxamina e Sertralina

-Aumentam a concentração da Serotonina no cérebro, não agem nos demais neurotransmissores.

-Apresentam menos efeitos colaterais que os Tricíclicos.

-Mais fracos no tratamento de casos mais graves que os Tricíclicos.

-Indicação: Depressão, associada ou não com ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do Transtorno Disfórico Pré – Menstrual (TDPM) incluindo Tensão Pré – Menstrual (TPM), irritabilidade e pânico.

- Contra-indicações: não há grandes contra-indicações.

-Principais efeitos colaterais: sonolência, insônia, nervosismo, tremores, diarréia, sudorese, perda de peso, boca seca, constipação e disfunção sexual.

3-Antidepressivos de Ação Dual

-Representantes: Venlafaxina, Mirtazapina, Duloxetina e Milnaciprano.

-Agem aumentando a concentração da Serotonina e de Dopamina no cérebro.

-São os antidepressivos mais novos.

-São os de maior custo.

-Apresentam menos efeitos colaterais e são os mais recomendados para pacientes que utiliza outras medicações, pois tem pouca interação medicamentosa

-Segura para idosos

-Indicações: Depressão, associada ou não com ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do Transtorno Disfórico Pré – Menstrual (TDPM) incluindo Tensão Pré – Menstrual (TPM), bulimia e pacientes com câncer.

- Contra-indicações: não há grandes contra-indicações.

-Principais efeitos colaterais: sonolência, insônia, cefaléia, tremores, diarréia, sudorese, perda ou ganho de peso, boca seca, constipação e disfunção sexual.

4-Antidepressivos Inibidores da Mono-Amino-Oxidase (IMAO)

-Representantes: Monoclobemida, Fenelzina, Iproniazida, Selegilina e Tranilcipromina.

-Mesma ação dos tricíclicos, mas com menos efeitos colaterais.

-Não teve ser usada em crianças.

-Não deve ser associado com Inibidores da Recaptação de Serotonina.

-Evitar a ingestão de alimentos que contenha tiramina quando se usa IMAO como: queijos, chocolates, miúdos de animais (fígado, moela), iogurte, amendoim entre outros.

- Indicações: Depressão que não responde a outros medicamentos.

-Contra-indicações: Hipertensão, doença renal grave, problemas cardíacos, doenças no fígado graves, gravidez e acidente vascular cerebral (AVC).

-Principais efeitos colaterais: ganho de peso, agitação, insônia, tontura, alergia, disfunção sexual.

Lembretes Importantes:

-Um antidepressivo que foi bom para uma pessoa, não necessariamente será bom para você!

-Informe para o médico se você já tem alguma doença e se utiliza algum medicamento para poder indicar o melhor tratamento para você.

-O início de resposta ao tratamento pode demorar de 2 a 4 semanas.

-O termino dos sintomas não é indicação de cessar o tratamento, se prolongado por 6 meses após a remissão dos sintomas previne as recaídas da doença.

-Os antidepressivos NÃO causam dependência.

-A interrupção abrupta do tratamento pode causar algumas manifestações desagradáveis, pois isso o desmame do medicamento deve ser gradual com o acompanhamento médico.

-Caso haja necessidade de aumentar a dose, a única pessoa habilitada é o seu médico.

-Evite bebidas alcoólicas em excesso, pois a maioria dos antidepressivos causarem certa sedação e a associação com álcool pode aumentar a sedação e levar a outras complicações.


Artigos

Nesse local postaremos alguns artigos sobre temas mais relevantes às práticas do grupo APTA.

Informem-se e aproveitem!


Equipe APTA